Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. (Oséias 2.14)
"Deserto, em geografia, é uma região que recebe pouca precipitação pluviométrica. Como conseqüência, os desertos têm a reputação de serem capazes de sustentar pouca vida. Comparando-se com regiões mais úmidas isto pode ser verdade, porém, examinando-se mais detalhadamente, os desertos freqüentemente abrigam uma riqueza de vida que normalmente permanece escondida ..."(http://pt.wikipedia.org/wiki/Deserto)
Quantas vezes a vida se apresenta a nós em forma de deserto!Nossos corações e mentes carecem da chuva de Deus e nossos sonhos padecem por não acreditarem que há como se sustentar ! Não somos camelos e isso nos faz crer que não somos capazes de atravessar as intempéries da vida. Alguns, se lançam ao solo quente e desistem. Outros tentam sozinhos seguir em frente. Há também quem ande até encontrar um camelo como anjo de resgate, para que junto sigam o caminho.
Deserto é lugar de formação de caráter e redefinição dele.Lá nos tornamos totalmente dependentes de Deus pois estamos carentes, em privação e aperto. Grandes homens estiveram no deserto e dele arrancaram lições:Moisés ,Elias,Paulo e o próprio Jesus adquiriram confiança em Cristo, por isso não desistiram, nos provando a importância da confiança na palavra. Creio assim que CONFIANÇA é a palavra-chave para que atravessemos os desertos, pois ainda aquele que se entregou ao solo quente, Deus tem o poder de resgatar, de dar-lhe uma fonte de água viva!
Desertificados nos classificaremos como perdedores caso escolhamos nos paralisar diante das perdas, dificuldades e carências, mas somos vitoriosos se decidirmos começar tudo de novo e estivermos dispostos a repetir sempre que preciso for.
Fiquei surpresa ao saber que em La Serena, no Chile, há flores no deserto, assim como sempre há uma "voz" que nos resgata pra vida!
Viver é superar-se e o deserto nos ajuda a ter discernimento, reconhecer as razões essenciais das coisas, para que possamos compreender e transformar as dificuldades naquilo que desejamos. Só assim estaremos devidamente compreendendo a oscilação entre alegrias e tristezas e permitindo ou não que essas disparidades afetem nosso cotidiano alterando ou não nosso desejo de viver, de continuar o caminho, com ou sem camelos, mas confiantes de que estamos alí não por acaso.