terça-feira, 25 de maio de 2010

Foto do dia...

Foto : Carla Cinara Luz

À beira do cárcere
brota a natureza
numa expressão de liberdade
e da vida finita!
Eis o "retrato" do meu ser,
minha melhor fotografia,
Inspirada por Deus
e por meu estado de espírito.

terça-feira, 18 de maio de 2010

O que o pinto disse pra galinha????

Coisa muito fofa... Garoto lindo e esperto de tia Carla...

Precisava compartilhar essa delícia...rsrsrs

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Borboletar...

Foto de Carla Cinara


Sempre admirei a beleza das borboletas e a expressão de liberdade que elas sugerem, mas o interessante é conhecer seu processo de evolução até que se torne quão exuberante inseto voador.
Somos todos um pouco borboleta, entretanto o que nos diferencia entre nós mesmos não é o tamanho das asas ou sua coloração(embora haja quem nos conceitue pela posição social e pela cor de nossa pele).
O que nos faz ser quem somos é o tempo que passamos resguardados no casulo : uns de nós saímos cedo, facilitados pelos pais e/ou circunstâncias da vida(passarão o resto das suas vidas rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas); outros chegam a passar décadas envolvidos pela pele protetora sem ousar fazer esforços, com medo de rompê-la. Há quem fique apenas até o momento certo, abrindo suas asas sem auxílio direto, senão com as preces da Mãe Natureza para que tudo dê certo.Cada segundo antes ou depois do momento devido, o modo, o apoio e as intervenções diversas podem alterar os seres, mas independente disso, a ideia de liberdade faz a evolução ser muito desejada!
Hoje senti-me lagarta perdida entre as folhas da vida e tive vontade de voltar ao casulo, ter proteção de meus pais, me sentir amada. Mais que isso, senti a enorme dor por me dar conta que tão rápido tornei-me borboleta, sabendo que a duração da vida desta é mínima, talvez sobreviva até amanhã apenas... Mas romper o casulo faz parte do nosso ciclo de existência e exige coragem!
Deus nos permite passar pelos obstáculos para sermos fortes, e para podermos gozar da liberdade. A vida é esse vôo rápido, e quanto tempo perdemos nos comparando às outras borboletas que passam por nós, mesmo sabendo que toda liberdade e deslumbre pode durar só mais um segundo!!!
Queria abrir os olhos e perceber que tudo não passou de um sonho, que ainda estou no casulo, e sentir intacta a pele envolta em mim.Preciso controlar minha pressa de viver, de ser livre, de voar pelos bosques da felicidade... Borboleta? É coisa para se sonhar ser a partir dos cem anos, quando se quer voar, atravessando no horizonte, aparentemente sem limites, até alcançar Deus...

domingo, 9 de maio de 2010

Trecho de composição da minha alma...



Espero que quando eu morrer , não se faça valer a máxima "só dão valor às pessoas quando elas se vão", pois não quero ninguém com remorso...
O que as pessoas ou o mundo tiverem pra mim, quero em vida. Nada de homenagens póstumas!!!

Tô sentindo muita dor. Tanta que a física parece nem existir.
Solidão é mesmo o mal do século.
O resto é só vida normal. Nem dá pra doer!

sábado, 8 de maio de 2010

Ainda não sei esperar...



"Não me sinto bem em parte nenhuma e ando cheio de ansiedade de coisas que não posso nem sei realizar."(Cesário Verde)



Embora esperar seja gastar o tempo presente se preocupando com o futuro, é também estar ansiosa por um presente de qualidade assim que chegar o que se espera.

Esperamos a contemplação no consórcio, os nove meses de gestação, o doutor chegar ao consultório, o ônibus chegar no ponto, aquele telefonema, uma resposta, o resultado do concurso, um e-mail,a chegada do homem a quem amamos, enfim...Tudo esperamos! Muitas vezes, com tamanha ansiedade, é verdade... E até resolvemos dar um "lance" pra ter em mãos aquilo que se deseja, mesmo que "antes da hora".

Há hora para ser feliz? Há tempo marcado para tornar presente o futuro sonhado?

Ainda não aprendi a esperar sem sofrer,mas um dia aprendo, sou determinada! Enquanto isso resta-me crer que é válido esperar pelo que vale à pena ser ou possuir...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Minha vó querida...

Vó! Quantos anos se passaram e nunca havia me dado conta do preço que teria que pagar por ter deixado a vida nos distanciar tanto...
Lembrar da infância me remete às vivências que tivemos, às comidas que você fazia e que até hoje são meus pratos prediletos! Você penteava meus cabelos, fazia tranças, e até hoje ainda diz praticamente toooooodas as vezes em que nos vemos que eu tinha um cabelo lindo, cheio de cachinhos!
Aprendi contigo a ser humilde, a ter orgulho dos meus traços de mulata, a ser carinhosa com as pessoas. Quero ser sempre a sua "Cauzinha" doce...
Passamos a morar em bairros diferentes e depois vieram as responsabilidades do trabalho... Não justifica, mas muitas vezes essas coisas me impediram de estar mais perto de você, minha vó...
Hoje, te vendo debilitada e a sem a disposição daquela mulher "arretada" que criou os filhos com sacrifício e educou os netos de forma energicamente carinhosa, sinto uma dor no coração! Entretanto, embora com menos saúde, nunca te vi reclamar de nada, tampouco da vida, da sorte ou mesmo de Deus!
São tantas lembranças e pensamentos soltos que guardo numa especial caixinha de nome memória...
Que saudade da minha infância, vó!Tempo em que eu não sabia que ser adulto era tão complicado, e que um dia eu substituiria afetos por salários e a família por trabalho! A gente cresce e enlouquece, achando que podemos comprar tudo, e se não tivermos cuidado, vendemos até a alma pra isso!Mundo cão, que distorce nossas mentes e que custa a nos fazer perceber que coisas como o amor de vó não tem preço!!!

Me perdoe pelas ausências, vozinha... e creia que nossa relação é eterna!!!
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